terça-feira, 22 de setembro de 2009

O Silício dos Inocentes

 Domingo. Eu estava dando uma lida no "Autor Desconhecido", de Vanessa Lampert, um dos meus blogs preferidos. Escolhi um post ao acaso e mostrei para minha filha, que estava próxima de mim, fazendo exercícios de química, um exemplo de autoria equivocada: o texto "QUASE", atribuído ao L. F. Veríssimo, é na verdade da blogueira Sarah Westphal...  Minha filha não deu muita atenção ao meu comentário, como é o esperado das filhas normais, então procuro o blog de Sarah Westphal e saio lendo alguns de seus textos de forma aleatória.
 Estou lendo um de seus posts, escolhido ao acaso, "Discurso de formatura do 3º ano" e lá ela cita um nome que me lembro de nunca ter ouvido falar... Quem será esse tal de Berzelius? Puxa, que saco, não gosto de deixar as coisas no ar, sem saber do que ou de quem estamos falando. M.!
 Minha filha interrompe minha irritação para perguntar sobre o número de elétrons da última camada do silício. Eu não sei o número de elétrons de nenhuma camada de nenhum elemento, então sou obrigado a enrolar um pouco enquanto digito no Google: "silício".
 - Espera um pouco filha, minha memória está voltando, silício, silício...
 Ela olha para mim e vê que eu estou pesquisando na Internet e ri da minha tentativa de trapaça.
 Eu aproveito para entrar num link escolhido ao acaso, claro... Eu devia saber! Não só descubro quantos elétrons a porcaria do Silício tem na última camada, como quem foi o cara que descobriu o Silício... Adivinha quem? Berzelius, claro.
 Tudo termina bem quando as coincidências coincidem. Amém!


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