terça-feira, 20 de outubro de 2009

Técnica 6 – Metáforas e Metonímias


Resumindo exageradamente, a metáfora é uma comparação em que o termo de ligação foi extirpado. Por exemplo, “Maria é uma flor” na verdade significa “Maria é linda como uma flor” ou “Maria é linda tal qual uma flor”. Caso seja interpretada ao pé-da-letra, a metáfora gera uma situação cômica.
Exemplo - “fogo”
Texto:
Situação: alguém muito apaixonado.
Personagem 1 – Meu coração está pegando fogo!
Personagem 2 – Deixa comigo (pega um copo d’água e joga na pessoa)!

Para nós, metáforas são muito valiosas, pois permitem a criação proposital de ambigüidades.
O mesmo vale para a metonímia, que é parecida com a metáfora. Em “tomou o copo todo” o sujeito não tomou o copo, mas o líquido que estava dentro. A diferença “técnica” entre metáfora e metonímia não é importante para nós. Uma boa gramática, com muitos exemplos, pode ajudar a criar situações cômicas.

Pegue uma gramática ou livro escolar onde tenha exemplos de metáforas ou metonímias e vamos usar os exemplos.

Exemplo - metonímias
Texto 1:
Situação – Alguém foi ao museu e viu um quadro de Van Gogh
Personagem 1 - Eu fui à Europa e vi um Van Gogh!
Rolando - Nossa, pensei que ele estava morto!

Texto 2:
Personagem 1 – Precisamos agradar o patrocinador! O que vocês sabem sobre as Rosquinhas Blau-Blau?
Rolando – Ouvi dizer que são redondas com um buraco no meio!

Na pergunta do "personagem 1" há uma metáfora, porque estamos perguntando “O que você sabe sobre o fabricante das Rosquinhas Blau-Blau” e não sobre as rosquinhas em si.

O ser humano adora economizar palavras e podemos usar isso em favor do humor. Sempre que houver uma metáfora ou metonímia, é possível encontrar um segundo significado (embora nem sempre isso gere uma piada que preste - por isso estamos com este blog, mostrando técnicas baratas de fazer humor, mas em breve vamos mostrar técnicas mais refinadas, aguardem)!
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segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Refresco Integral de Abacaxi



http://www.youtube.com/watch?v=OS-TZLbNpYI

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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Responda à Altura

 Uma das coisas que admiro nas pessoas é a capacidade de responder rápido ou reagir convenientemente às situações imprevistas... Se vc é uma pessoa de cérebro privilegiado, como a Jake estrela (exemplo - leia seus posts: NÃO ME SUBESTIME e I DO I DO I DO OU SALVA PELO GONGO!) não precisa se preocupar, mas eu tenho problemas. No meu caso, também respondo rápido, só que de forma nem sempre proporcional. Sou do tipo que usa um canhão para matar um mosquito a zoar nos ouvidos (sou bom em onomatopéias: sei que mosquitos não zoam, é claro que sei que os mosquitos zombam no seu ouvido). Para pessoas normais, aconselho a treinarem suas respostas rápidas para perguntas idiotas ("você conhece o mário?") ou de duplo sentido ("você pinta como eu pinto?") com o texto Guia de Resposta Para a Geração Pikachu do www.cocadaboa.com (ou outra versão modificada como a do http://horaderelaxar.com.br/2008/11/24/guia-definitivo-contra-piadas-babacas-da-escola/).
 Existem vários grupos que se especializaram em fazer jogos com improviso, "os improváveis" é um deles (Improvável é o show da Barbixas Cia de Humor), Z.É. Zenas Emprovisadas, outro, a maioria baseado no programa "Whose Line Is It Anyway")
 Para quem quer improvisar, seja por causa do stand-up ou seja para o teatro, tenho uns links legais na minha página em http://www.euquefiz.com/faq.htm sobre exercícios para teatro (improviso, aquecimento, voz e outros):

Exercícios e Jogos de Teatro
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=39884579
(Minha comunidade do Orkut)

Grupo Teatral Eclesia:
http://www.eclesia.e7.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=25&Itemid=65

Muitos exercícios interessantes, inclusive exercícios para voz:
http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/arte/teatro-expressao.html

Improv Encyclopedia
http://improvencyclopedia.org/

livro completo online - em inglês
The Playbook
http://www.unexpectedproductions.org/living_playbook.htm

learnimprov.com
http://www.learnimprov.com/index.php
vários exercícios... em inglês

The Improv Wiki
http://greenlightwiki.com/improv/Exercises

"Whose Line Is It Anyway?"
http://www2.warnerbros.com/web/whoseline/index.jsp
- Veja exemplo no Youtube em: http://www.youtube.com/watch?v=6njzUHlvIo0

Bom proveito!

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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Lançado o primeiro livro brasileiro de Stand-Up - Léo Lins



 Quando digo "Lançado o primeiro livro brasileiro de Stand-Up" não estou falando de ter sido jogado o livro longe, mas que o mesmo está disponível nas livrarias (e se for ruim, em breve também em sebos).
Na "tinyurl" http://tinyurl.com/LeoLins você encontra o livro para vender, mas também pode ser encontrado na Livraria Cultura (inclusive pela Internet), o nome é "Notas de um comediante stand-up" (Categoria: Humor - Autor: Léo Lins). Eu já encomendei o meu, e vc?

http://tinyurl.com/LeoLins


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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Vocês já leram a Jake hoje?




Estrella ou Estrela, a blogueira do "Engasgados - Meu minuto de revoltas" escreve bem pra caramba. Claro que tudo, na vida ou na leitura, é questão de gosto pessoal: eu adoro a simplicidade e a ingenuidade do Sr. Charles Bukowski, mas a maioria só enxerga obscenidades no que ele escreve. Questão de percepção de cada um. Tenho um aluno que me chama de Chinaski, mas não pelo que escrevo e sim pela quantidade de mulheres que ele imagina que eu tive! Só pra explicar: Bukowski era tão "loser" que vendeu os direitos de usar seu próprio nome em seus textos autobiográficos e teve de adotar o nome “Henry Chinaski” dentro dos livros... Não ser dono do próprio nome... Não é o máximo?

A percepção é algo pessoal, óbvio. Por exemplo: nem todo professor sabe, mas eu sei quando um aluno está trapaceando numa prova. Como minhas provas são à prova de "cola" ("prova à prova" é uma construção estranha, eu sei), a fraude sempre se confirma na correção, o aluno desonesto tira zero porque eu faço uma dúzia de provas diferentes e eles não sabem disso. Faço por pura diversão, nunca algum aluno meu tira menos do que a nota que precisa para ser aprovado. O que resta para mim, como professor? É ser cruel com os que não querem fazer a prova e optam por copiá-la de algum colega. "Todo professor é antes de tudo um sádico" é o milenar ditado chinês de minha autoria que mais repito.

Mas, voltando à percepção: Jake é mimada, uma mulher linda e adulta com cérebro de garotinha adolescente, se comportando como se o mundo devesse dar regalias a ela. Vive entre a depressão, a euforia e a baixa auto-estima, não acredita nem em elogios e nem em terapias. Então, assim como Bukowski era um perdedor (logo ele, o maior escritor de todas as Américas, para mim) legítimo, daqueles que bebem e ficam por aí, sem reconhecimento (até ficar velho e ser descoberto), Jake se comporta como se fosse também uma perdedora. Van Gogh não entra na comparação porque era maluco e gostava de cortar uma orelhinha de vez em quando e não era escritor. Mas, o principal, Van Gogh morreu (mas não por causa da orelha, caso não saibam) sem reconhecimento, coisa que não aconteceu com o velho Buk e que, provavelmente não deverá acontecer com a jovem Jak. Nenhum deles era ou são perdedores, mas ela se vê desse jeito, fazer o quê? Jake não é tão bêbada nem tão "loser" como gosta de fazer parecer e também não é tão sem reconhecimento, tem gente que acompanha o que ela escreve, mas é claro que ela não enxerga isso. Azar dela, sei lá. Se ela curte uma infelicidade, quem sou eu para interferir? Isso tem cura, é só ir se tratar se quiser. Mas se ela é feliz sendo infeliz, eu é que não tenho poder para mostrar a ela... De qualquer forma, o que importa, é que não pare de escrever!

Ok, deixa eu ver se eu me concentro e termino o que comecei: minha percepção faz com que eu veja nela a mulher perfeita - tem beleza e tem talento, ou seja, corpo e mente 100% desejáveis. Talvez apenas eu tenha a capacidade de detectar essa perfeição, não sei, mas sei que ela é incapaz de auto-reconhecimento e rejeita a visão que os outros têm sobre ela: ela não aceita elogios... Ela tem uma qualidade inacreditável, que eu invejo (e que tinha também o Bukowski) que é “a capacidade de escrever fácil”. Para quem lê, parece que eles pegaram um pedaço de papel e fizeram uma lista de compras, parece que não deu trabalho nenhum contar o que contaram. Claro que é uma percepção estranha, o leitor tem de achar que o texto é fácil de ler e não que foi fácil de escrever, mas é essa a impressão que passa. Eles podem ter levado, quem sabe, meses ou anos para escrever uma única linha, mas cada vez que leio eu visualizo eles escrevendo aquilo tudo de uma “maneira fácil”. Por isso os amo. Quantos textos já li em jornais, que deveriam ser apenas reportagens sobre fatos e que pareciam uma briga de um jornalista contra seu teclado? Muitos... Meninos, aprendam a escrever como ela! Se eu pudesse aprender, eu pagaria por isso.

Bom, eu não ia dizer nada disso, eu ia é falar do conteúdo do texto dela, o último (BORA BEBER, RAPÁ!!!), que é, como freqüentemente eram os textos de Henry Chinaski, referente à bebida (alcoólica, naturalmente). Quando ela for famosa e eu estiver assistindo ela dando entrevistas na televisão, vou comentar com as pessoas que conheço: “já conheci essa daí, fui até a cidade dela para beber com ela! Naquela ocasião bebi tanto que urinei nas calças ao tentar ir ao mictório, de tão podre que eu fiquei! Eu nunca tinha bebido tanto numa mesma noite! Quando voltei para o hotel, tive de descer do meu quarto duas vezes e pedir ajuda ao recepcionista para conseguir entrar no meu quarto, eu não conseguia abrir a porta, eu estava tão bebum que pensei em dormir no corredor do hotel, na frente da porta...”

Então, quando um texto dela disser que o álcool aproxima as pessoas, podem acreditar. Nem vem ao caso se é verdade ou não – apenas acreditem no que ela diz!



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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

PMG encenado por Valdomiro Alves em "O Noticiarista"

Texto meu encenado em Brasilia (e não estou falando do automóvel)... "PMG" é um pequeno texto que criei e que foi utilizado junto com textos de diversos outros autores:



Waldomiro Alves encenando o texto PMG de Victor M. Sant'Anna, na Peça O Noticiarista, em Brasilia, da Cia Teatral En'Cena, de Produção da Actus Produções Imagens e Edição: M3 Produtora

 http://www.youtube.com/watch?v=jgDwRDW_6IU

Espetáculo "O Noticiarista - Comédias Cotidianas"

"A companhia teatral En’Cena, "O Noticiarista - Comédias Cotidianas" narra situações engraçadas do dia-a-dia, sob o olhar de um cronista fictício. Textos diversos foram utilizados na concepção do espetáculo, adaptados pela diretora Élia Cavalcante. A temática universal provoca grande empatia, a ponto de nos imaginar em situações semelhantes. É uma comédia, onde vinte atores se revezam, prometendo cumprir seu papel, que é entreter a platéia."
fonte - http://www.jornalalobrasilia.com.br/ultimas/?tipo=DIV&Desc=&IdNoticia=2748



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